Onde Estamos

A América do Sul é responsável por grande parte da soja produzida no mundo, e o Brasil alcançou recentemente a liderança do ranking neste setor. Parte expressiva do cultivo do grão acontece em três importantes biomas – Cerrado, Gran Chaco e Amazônia -, regiões de indiscutível importância para a manutenção da biodiversidade e do equilíbrio climático do planeta.

Alinhar a produção de uma das principais commodities mundiais às demandas internacionais de preservação e restauração ambientais é um dos desafios da agricultura no século XXI. No Land Innovation Fund, iremos trabalhar com parceiros estratégicos na Argentina, na Bolívia, no Brasil, no Paraguai, no Uruguai e internacionalmente em busca de soluções inovadoras em favor da agricultura sustentável e livre de desmatamento.

Cerrado

2 milhões de km2 de área total

GRAN CHACO

850 mil km2 de área total

Amazônia

4 milhões de km2 de área total, no Brasil apenas

  • Cerrado

    O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul, com mais de 2 milhões de km2 espalhados por 11 estados no Brasil, além do Distrito Federal, cobrindo cerca de 22% do território nacional. A região reúne ainda algumas das maiores bacias hidrográficas do mundo (Amazônica/Tocantins, São Francisco e Prata) e possui mais de 12 mil espécies de plantas nativas catalogadas em seu território. Os grandes reservatórios hídricos fazem da região a ‘caixa d´água’ do Brasil, com importância fundamental na redução da emissão de gases de efeito estufa e na manutenção da biodiversidade do planeta.

    Apesar de ser considerada a savana mais rica do mundo, o Cerrado possui apenas 8,3% de sua área protegida por Unidades de Conservação, e mais de 250 espécies de animais ameaçadas de extinção. 50% da vegetação nativa do bioma já foi convertida em áreas de cultivo e pastagens. A combinação de terras férteis, disponibilidade de água e relevo plano também faz do Cerrado – em especial do Matopiba, fronteira agrícola entre os estados do Maranhão, Piauí, Tocantins e Oeste da Bahia – uma região com elevado potencial para o agronegócio, em particular para o plantio de grãos como a soja. A aptidão agrícola do Cerrado evidencia a necessidade de se pensar em um desenvolvimento sustentável para a região.

    Fonte: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA)

  • Gran Chaco

    O Gran Chaco é a maior floresta tropical seca da América, cobrindo uma região de aproximadamente 850 mil quilômetros quadrados, abrangendo áreas do Paraguai, da Bolívia, da Argentina, e de uma pequena parte do Brasil, ao Sul do Pantanal (9.000 Km2), segundo dados da Embrapa. O Chaco apresenta uma grande variedade de climas e relevos, dando origem a uma grande diversidade de ambientes, que se reflete em pastagens, pântanos, savanas seca e inundada, pântanos, salinas e uma grande extensão de florestas e vegetação arbustiva.

    Esse cenário fecundo propicia uma grande biodiversidade, com várias espécies endêmicas, sendo conhecidas mais de 3.400 espécies de plantas, cerca de 500 espécies de aves, 150 de mamíferos, 120 de répteis e aproximadamente 100 de anfíbios, de acordo com a The Nature Conservancy. Por outro lado, o Gran Chaco é um hotspot de desmatamento global: desde a década de 1990, e especialmente após os anos 2000, a região experimentou uma das maiores taxas de desmatamento do mundo - mais de 29 mil quilômetros de vegetação nativa, entre 2010 e 2018, e outros 142 mil km, entre 1985 a 2013, segundo dados da NASA - devido à pressão crescente para converter ecossistemas naturais em terras agrícolas, em especial para o cultivo da soja.

    Fonte: Embrapa, The Nature Conservancy, NASA.

  • Amazônia

    A Amazônia é superlativa: a região contém a mais extensa floresta tropical e a maior bacia hidrográfica do mundo, cobrindo cerca de 6 milhões de km2, 2.500 espécies de árvores e 30 mil espécies de plantas conhecidas. Além disso, a Amazônia possui diversas espécies endêmicas, tornando-se uma reserva genética de importância global para o desenvolvimento da humanidade (UNEP &ACTO; IBGE; MMA).

    Apesar da sua grande importância, esse bioma tem sofrido grande impacto antrópico, no qual é possível incluir as queimadas e a conversão de vegetação nativa em pastos para pecuária e áreas para a agricultura. O cultivo da soja ocorre principalmente em torno de suas fronteiras. Ações humanas promovem a perda da biodiversidade e grande liberação de gases de efeito estufa para a atmosfera, contribuindo para possíveis alterações climáticas regionais e globais.

    Fonte: UN Environment Programme (UNEP), The Amazon Cooperation Treaty Organization (ACTO), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Ministério do Meio Ambiente (MMA).